As empresas são estruturadas para executar atividades de planejamento, tomada de decisões, organização, liderança e controle, aliadas à utilização dos recursos humanos, financeiros e logísticos, sempre com o intuito de atingir resultados de maneira eficiente e efetiva. Eficiente na utilização inteligente dos recursos com redução de custos, e efetiva na condição de tomar decisões corretas e implantá-las com sucesso.
Traçando um paralelo entre a Administração Privada e a Pública, e trocando o LUCRO pelo GANHO SOCIAL, teremos uma enorme similaridade entre ambas.
Pois bem, até 1995, na “Empresa Brasil” não se fazia relação entre receita e dívida; não se estipulava metas; não se relacionava despesa de pessoal com receitas, e muito menos projeções para investimentos.
Felizmente, o Conselho Monetário Nacional, através da Resolução nº 162, criou o Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Fiscal de Estados - PAF, visando estabelecer medidas de equilíbrio orçamentário sustentável.
Independentemente de ideologias ou de posições partidárias, os governos estaduais têm procurado mudar procedimentos administrativos para a realização de políticas públicas, sem deixar de observar a necessária disciplina com os gastos.
Neste sentido, o Programa tem sido um instrumento importante de indução à responsabilidade fiscal. E mais ainda, permitiu o nascimento de um movimento de modernização na gestão pública.
Recentemente, Rodolfo Borges abordou na Revista Isto é Dinheiro n° 662, de 16/06/2010, o assunto, afirmando que a administração pública está apostando em estratégias de gestão de empresas privadas para modernizar a máquina. E exemplifica o IBGE, o INSS, as Forças Armadas, a EMBRAPA, o STJ e a ANVISA.
No IBGE, o Diretor-Executivo, ressalta: “reduzimos os custos de alguns processos em 90%.”
Para o presidente do INSS: “a nova política inclui um plano de ação com 17 indicadores de desempenho. Os gerentes das 1.143 mil agências que não cumprirem o prometido deverão prestar contas. Para isso, Simão conta com um painel em sua sala, onde tem em tempo real todas as informações necessárias para acompanhar as metas.”
A digitalização de documentos no STJ proporcionou a redução em 13 meses no tempo entre o protocolo e a mesa do ministro. Em números, esta medida proporcionou economia de R$ 20 milhões por ano, apenas no transporte dos processos pelos Correios.
Ainda segundo a reportagem, na ANVISA trabalha-se com uma ferramenta de gerenciamento de metas, basicamente utilizada pela empresas privadas, que é o Balanced Scorecard. “Nossa única diferença para as empresas privadas é que o negócio delas é o lucro e o nosso é o ganho social.” Disse o chefe de Planejamento da Agência.
Enfim, uma luz no fim do túnel.

GEORGE WASHINGTON MELO: Mestrando em Ciências da Educação, Master em Finanças Corporativas pela FGV (RJ), Master em Gestão de Negócios -UFPE. Administrador - UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (1982). Professor. Assessor de Planejamento do IPÊ - Institutos Paraibanos de Educação. Diretor do BMC - Business Management Center - UNIPÊ. Coordenador do UBS - UNIPÊ Business School. Coordenador do Curso de Pós-Graduação Gestão Estratégica dos Municípios do UNIPÊ. Consultor Financeiro. Palestrante.
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