segunda-feira, 23 de maio de 2011

EDUCAÇÃO, CRIATIVIDADE E A NOVA ORDEM ECONÔMICA.

A capacidade de se desenvolver, sobrepondo experiências novas às mais antigas, num movimento contínuo e evolutivo, tem sido, desde a infância, a dinâmica dos processos criativos que influenciam na evolução do homem, ficando com a imaginação a função vital de vinculá-los à realidade, e para a consciência, através da linguagem e da estruturação de nossa conduta, a responsabilidade de criar e recriar esta mesma realidade. Biologicamente, o cérebro entra neste processo com a missão de acumular e conservar os avanços das experiências vivenciadas.

Para o pensador Vigotsky, o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e das condições de vida, e a atividade criadora não se revela somente nas grandes invenções e na genialidade, mas em tudo que emprega a imaginação, combinação, modificação e a consciência de se criar algo novo.

Reconstruir uma escola criativa para um homem criativo é o desafio maior para os educadores vanguardistas, sobretudo pelas contradições e desigualdades existentes numa sociedade sob o domínio absoluto do capitalismo.

Até porque a escola atual vem repercutindo a ideologia neoliberal e, em geral, tem contribuído para que a história moderna seja escrita, muito menos pela “pena” das orientações pedagógicas que envolvem o SER, mas, muito mais pelos ensinamentos que estão associados à nova ordem econômica, que dá pouca importância aos estudos científicos, o aprimoramento teórico, o conhecimento das artes, dentre outros, e potencializa os valores do TER, incorporados e defendidos por expressivo contingente da classe social economicamente privilegiada.

Como dizia Marx, a escola deve buscar sair do reino da necessidade e encaminhar a si mesma, e aos que com ela se relacionam, para o reino da liberdade.

Neste sentido, a escola deve se socorrer da Psicologia Educacional, uma vez que a capacidade de autocrítica requer o desenvolvimento das funções psicológicas superiores da consciência, para recriar a realidade e estabelecer um novo paradigma mais humanista.

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