sábado, 10 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO: A HEGEMONIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO


N
os primórdios do Século VII a.C, a história registrou o surgimento da filosofia e da ciência, a partir do momento em que o homem procurou explicar a natureza através dos fenômenos observáveis, e reduziu os mitos em sua imaginação. Mesmo assim, os primeiros filósofos gregos, denominados de fisicistas[1], não impediram que as teorias metafísicas contaminassem as suas teorias psicológicas realizadas através da observação dos fenômenos da mente.

Mais adiante, Alcméon de Crotona (século V a.C), filósofo grego, e por muitos considerado o primeiro psicólogo, dedicou-se às investigações das Ciências Naturais [2], sendo o primeiro a relacionar o cérebro com as funções psíquicas, a psyqué. A Crotona se atribui a bela frase: “Das coisas invisíveis têm clara consciência os deuses, a nós enquanto humanos, nos é permitido apenas conjecturar.”

Já então, na época dos Sofistas (450-350 a.C), o interesse cosmológico dos primeiros filósofos fora substituído pelo interesse antropológico. Um novo campo de indagação surgira – o estudo do homem. Anuncia-se um vivo interesse sociológico, ético e político pelo bem-estar do homem, interesse também de ordem psicológica e epistemológica pela competência da razão humana (ROSENFELD, 1993, p.15)  

Para Reale (1995) O termo Sofista significa sábio, especialista do saber. A acepção do termo que em si mesma é positiva, tornou-se, porém, negativa, sobretudo pela tomada de posição fortemente polêmica de Platão e Aristóteles. Como já havia feito Sócrates, eles sustentaram que o saber dos sofistas era aparente e não efetivo e que, ademais, não era professado tendo em vista a busca desinteressada da verdade, mas sim com objetivos de lucro. Platão, em especial, insistiu na periculosidade das ideias dos sofistas do ponto de vista moral, bem como em sua inconsistência teorética[3].

Foi com Sócrates (469-399 a.C) na antiguidade que a Psicologia passou a ter maior consistência, e no seu entender, ela subordinava-se completamente à ética, enquanto que a conduta humana é permeada pelo sentido da introspecção.

A concepção socrática da alma é inseparável de uma filosofia da sabedoria, ciência por excelência, na medida em que engloba todas as demais virtudes particulares (piedade, justiça, coragem, temperança); e sabedoria que se pode ensinar, pois é possível agir sobre a alma de tal maneira que ela seja constrangida a exprimir a verdade de que está prenhe (MUELLER, 1978, p. 34. grifo nosso).

Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores – o que é uma das possíveis razões para o fato de não ter deixado nenhum texto escrito (NOVA ESCOLA, 2010).

Discípulo de Sócrates, Platão (427-347 a.C), por sua vez, teorizou que a vida psíquica é independente da vida do corpo que ela governa, assim como a alma universal preside os movimentos do universo.

A educação, segundo a concepção platônica, visava testar as aptidões dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação completa para ser governantes. Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que pregava a renúncia do indivíduo em favor da comunidade. O processo deveria ser longo, porque Platão acreditava que o talento e o gênio só se revelam aos poucos, e que educar é tão importante para uma ordem política baseada na justiça, que deveria ser tarefa de toda a sociedade (NOVA ESCOLA, 2010).

Mais à frente na história antiga, Aristóteles (384-322 a.C), cuja oposição às ideias transcendentes de seu mestre Platão é conhecida, afirma que: concretamente observadas às coisas, o que antes existe é união e colaboração entre a alma e o corpo.

Na Psicologia de Aristóteles, a tentativa de superar o dualismo platônico entre as ideias inatas e os dados empíricos, entre a alma “divina” e o corpo material, procura dar a psique o caráter de um princípio natural, segundo a tradição dos fisicistas gregos” (ROSENFELD,1993, p.20)

Aristóteles não era como Platão um crítico da sociedade e da democracia de Atenas. Ao contrário, considerava a família, como se constituía na época, o núcleo inicial da organização das cidades e a primeira instância da educação das crianças. Atribuía, no entanto, aos governantes e aos legisladores o dever de regular e vigiar o funcionamento das famílias para garantir que as crianças crescessem com saúde e obrigações cívicas. Por isso, o Estado deveria também ser o único responsável pelo ensino. Na escola, o princípio do aprendizado seria a imitação. Segundo ele, os bons hábitos se formavam nas crianças pelo exemplo dos adultos. Quanto ao conteúdo dos estudos, Aristóteles via com desconfiança o saber útil, uma vez que cabia aos escravos exercer a maioria dos ofícios, considerados indignos dos homens livres (NOVA ESCOLA, 2010).

Ainda neste período helenístico, o filósofo grego Epícuro de Samos (341-270 a.C), ataca a metafísica espiritualista, com o único objetivo de afirmar que é preferível e possível o estabelecimento de uma teoria materialista, e que os homens contam apenas com a própria vida, e a única realidade é a dos átomos, sendo absurdo considerar a alma como incorpórea. Mueller (1978) considera que a Doutrina Epicuréia é orientada no sentido da conquista de uma sabedoria libertadora e, sendo fundada numa física dogmática, não reserva à psicologia senão lugar subordinado. A atitude moral é que lhe importa em primeiro lugar e a ciência da natureza não deve servir senão para justificá-la racionalmente.

Fundada no século III a.C por Zeno, a Escola Estoica preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, foi influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, como também pela socrática.  A doutrina afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um logos divino, e a alma é parte de um todo ao qual pertence.

Os estoicos, da mesma forma como os pensadores anteriores, adotam como base física da Psicologia a doutrina dos espíritos (pneuma), uma espécie de ar quente associado a sangue. Esse pneuma é uno, em todas as manifestações, e determina, através da sua rarefação e densidade diferenças de estados e de caráter (ROSENFELD, 1993, p.22, grifo nosso).

Período Helênico-Romano: século III a.C

O desmembramento da Grécia helenista do império de Alexandre, fez surgir um período onde as preocupações com a alma individual e o seu destino após a morte tornaram-se obsessivas. Neste tempo emerge a figura de Plotino (203-269 a.C) cujo ensinamento visava subtrair o homem da realidade concreta, dando-lhe rumo essencialmente contemplativo e místico, desprezando a ação.  Plotino resgata a ideia de Platão da alma universal como essência precipitada dos reinos felizes do Além da Terra.

[...] A metafísica plotínica faz intervir três instâncias fundamentais: o Um, a Inteligência e a Alma, encarada a primeira como a realidade suprema que ultrapassa toda inteligência, toda existência e, pois, toda determinação e limitação. Como do Sol emana a luz, é do Um que emanam o Logos ou inteligência, sede das ideias, e depois e alma universal. [...] Dessa concepção, uma psicologia subordinada a uma dialética procedente da absoluta simplicidade do Um para a multiplicidade das coisas, uma vez que a ascensão da alma, encarada como retorno à fonte de seu ser, implica uma prévia descensão; com a consequência de que as funções ordinárias da vida psíquica (sensibilidade, memória, raciocínio) são consideradas como nascidas de uma decadência da vida espiritual. Pois, nos estados superiores desta última, o sentimento da personalidade desaparece, ao mesmo tempo em que a atenção às coisas exteriores e, até, a lembrança do eu (MUELLER, 1978, p.73-74)     

O Pensador Filão de Alexandria (25 a.C–50d. C) firmou convicção na sobrevivência desencarnada das almas purificadas após a morte, e que a alma humana é feita à semelhança de Deus, enaltecendo a fé na divindade. As ideias de Filão vieram a influenciar Padres Cristãos, como Orígenes e Clemente de Alexandria, com a doutrina do Logos[4], isto é, da conciliação entre Ciência e Religião.

O período Helênico-Romano foi marcado por um gigantesco processo de sincretismo de ideias.
A associação entre filosofia grega e religião oriental se manifesta num predomínio de elucubrações teosóficas ou gnósticas como as dos filósofos judaico-gregos (Alexandria), dos neopitagóricos, dos platônicos pitagorizantes e, enfim, dos neoplatônicos, entre os quais o maior vulto é Plotino (ROSENFELD, 1993, p. 26-27).     

Pensadores Cristãos: século IV a.C

A Psicologia Cristã difere do pensamento grego quando afirma que a alma humana obedece à lógica de Deus que fez o homem a sua própria imagem. Para os antigos filósofos a alma era tratada como um fenômeno impessoal e natural.

A base segura de todos os conhecimentos é, para Santo Agostinho (354-430), a consciência dos nossos próprios estados internos. A consciência de que sentimos, queremos, pensamos (e nisso ele antecipa o cogito ergo sum de Descartes[5]) é a certeza que exclui todas as dúvidas. Tal verdade, que nos é dada de modo irrefutável, prova que há uma verdade absoluta, ou seja, Deus. Diante disso, a convicção da existência do mundo dos fenômenos externos é baseada somente na fé (ROSENFELD, 1993, p.32).

Agostinho viveu nos últimos anos da Idade Antiga, que se encerrou com a queda do Império Romano, no ano de 476, mas foi o mais influente pensador ocidental dos primeiros séculos da Idade Média (476-1453). Considerado o criador da filosofia que deu suporte racional ao cristianismo, onde a crença ganhou substância doutrinária para orientar a educação, numa época em que a cultura helenística, baseada no pensamento grego, entrou em declínio e o Cristianismo em ascensão.

À medida que a Igreja se tornava a instituição mais poderosa do Ocidente, a filosofia de Santo Agostinho definia a cultura de seu tempo. Educação e catequese praticamente se equivaliam – as escolas eram orientadas para a formação de membros do clero, ficando em segundo plano a transmissão dos conteúdos tradicionais. O conhecimento tinha lugar central na filosofia de Santo Agostinho, mas ele se confundia com a fé. Diante disso, a educação daquela época – conhecida como patrística, em referência aos padres que a ministravam – estimulava acima de tudo a obediência aos mestres, a resignação e a humildade diante do desconhecido. O objetivo era treinar o controle das paixões para merecer a salvação numa suposta vida após a morte. Santo Agostinho tratou o tema da educação mais de perto em duas obras, De Doctrina Christiana e De Magistro, na qual apresenta a doutrina do mestre interior. A ideia é que o professor não ensina sozinho, mas depende também do aluno e, sobretudo, de uma verdade comum aos dois. Simplificando, o professor mostra o caminho e o aluno o adota; assim, o saber brota de seu interior (NOVA ESCOLA, 2010, grifo meu).

O misticismo intelectual de Santo Agostinho baseado na Fé, na Esperança e na Caridade, perpassou sua influência por séculos, sendo sua obra bastante generosa em observações psicológicas, principalmente em relação aos aspectos da memória.

Oito séculos depois do predomínio de uma filosofia voltada para a resignação, a intuição e a revelação divina, a Idade Média assistiu à inversão quase total desses princípios, através do filósofo São Tomás de Aquino (1224-1274), cujo pensamento privilegiou a atividade, a razão e a vontade humana.

O pensamento de Tomás de Aquino (1225-1274) não procede no sentido da interiorização; orienta-se deliberadamente para o mundo natural, criação de Deus, como intermediário necessário para elevar-se a Ele. (MUELLER 1978, p.98).

Para extrair das coisas sua essência, é necessário transformar em ato algo que elas têm em potência. Disso se encarrega o que Tomás de Aquino chama de inteligência ativa em complementação a uma inteligência passiva, com a qual cada um pode formar os próprios conceitos. A ideia, transportada para a educação, introduz um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo professor (NOVA ESCOLA, 2010).

Aquino juntamente com Alberto Magno (1193-1280), representa o auge do pensamento escolástico[6], que entrou em declínio ainda no século XIII, com o surgimento da Ciência.

William of Occam (1285-1347), líder do nominalismo[7], abalou o escolasticismo com a afirmação de que a experiência é a fonte do nosso conhecimento, e todo conhecimento que transcende a experiência é mera questão de fé, lançando assim o princípio que serviria de base ao empirismo moderno.

A escolástica declinou sob o impacto de um pensamento nascido em seu próprio seio e devido à emergência paulatina de um empirismo que tendia a solapar a majestosa unidade da cosmovisão tomista, ao arrancar o campo teológico todo o campo do mundo sensível. Neste embate, a mística conservadora desempenhou papel semelhante, embora agindo precisamente do lado oposto: arranca, por assim dizer, a fé e a teologia do campo dos conhecimentos da natureza, de modo que a unidade do sistema medieval é fragmentada sob o efeito da força distensora de seus dois movimentos contrários (ROSENFELD, 1993, p.49).

Entretanto, para não contrariar a regra da exceção, Mueller (1978) destacou que à observação de que tudo quanto se refere à experiência e à preocupação de objetividade – no sentido moderno do termo – é singularmente deficiente na Idade Média, é lícito opor a existência daquele que Humbolt[8] considerava o fenômeno mais importante do século XIII, ou seja, Roger Bacon, teólogo, filósofo, matemático, físico, alquimista e a quem se reputa a própria expressão Ciência Experimental.
  
Período Renascentista: século XVI

Com o declínio do escolasticismo, em grande medida promovido pelas ideias de William of Occam, séculos após a morte de Tomás de Aquino e quase 1000 anos d.C, surge uma nova era que ficou conhecida pela abundância de invenções, descobertas e de grandes avanços alcançados pelas ciências.    

Segundo ROBERTS (2001, p. 398), “numa forma abreviada, às vezes se traduz parte deste cenário – o florescer das artes e da sabedoria entre os séculos XIV e XVI – sob o título de Renascença, palavra de origem francesa que significa renascimento [   ] período que marca a passagem da Idade Média para a Moderna.”

De acordo com o pensamento predominante na Renascença, a razão era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus, assim como questionar o mundo era um dom concedido por Deus, o que se pode denominar de neoplatonismo.

Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas ou humanismo. Destacam-se neste período as de Francesco Petrarca (1304-1374): De África e Odes a Laura; a Divina Comédia. De Dante Alighieri (1265-1321), assim como as pinturas de Giotto di Bondoni (1266-1337): O Beijo de Judas, Juízo Final e A lamentação e Lamento ante Cristo Morto. Do italiano Leonardo da Vinci (1452-1519), veio o famoso quadro Mona Lisa, e da Holanda a obra literária Elogio à Loucura do escritor Erasmo de Roterdã (1469-1536)[9].

Erasmo e Martinho Lutero (1483-1546) - o monge alemão que deu origem ao protestantismo - ficaram próximos um do outro em função das críticas que o primeiro movia contra o clero, apesar de sua controvérsia em defender o diálogo entre as facções discordantes no interior do cristianismo.

No campo propriamente pedagógico, o interesse de Erasmo pelo conhecimento das línguas antigas semeou o terreno para o estudo do passado, em particular do Novo Testamento e dos primeiros pensadores da fé cristã. A ênfase na história do homem e o estudo dos acontecimentos pretéritos ergueram um dos principais pilares da educação moderna. [...] Recuperou também a noção de que um dos objetivos do ensino é levar às novas gerações o patrimônio da cultura humana contido nos livros [...] Já a ideia da escola pública e para todos, organizada em três grandes ciclos fundamental, médio e superior e voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero. (NOVA ESCOLA, 2010).

Outra grande contribuição veio pelas mãos do filósofo tcheco Comenius (1592-1670), considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação, defendeu o ensino de tudo para todos e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança. Sua obra mais importante, Didactica Magna,  marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. No livro, o pensador realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. Embora profundamente religioso, o pensador propôs uma ruptura radical com o modelo de escola até então praticado pela Igreja Católica, aquele voltado apenas para a elite e dedicado primordialmente aos estudos abstratos. Sob influência de seitas protestantes e do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), acreditava que a salvação da alma poderia ser alcançada durante a vida terrena e que o caminho para isso poderia ter a ajuda da ciência (NOVA ESCOLA, 2010).

De Portugal reluz a obra literária Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente (1465-1536) e Os Lusíadas de Luís de Camões (1524-1580). Da Alemanha, vem a obra Adão e Eva, de Albercht Dürer (1471-1528), e Melancolia de Hans Holbein (1497-1543). Na França se destaca François Rabelais (1494-1553) com sua obra Gargântua e Pantagruel.

De mais importante foi a revolução produzida com a subversão do geocentrismo pela nova teoria heliocêntrica defendida pelos estudiosos Nicolau Copérnico (1473-1543), Galileu Galilei (1564-1642) e Giordano Bruno (1548-1600).

Rosenfeld (1993, p.57) avalia que na Renascença:

Os traços essenciais da psicologia moderna surgem na época do Renascimento, ainda que de forma incipiente e confusa. Ela luta, nessa fase, para se tornar independente na busca da verdade, tal como o antigo pensamento grego. Ela se esforça por ser racionalista porque faz ou procura fazer da razão humana a mais alta autoridade na busca do conhecimento. Ela tende a ser naturalista porque busca explicar a natureza exterior e interior sem pressuposições sobrenaturais, que cabem à teologia; e se empenha por se tornar empírica porque considera a experiência como a fonte legítima do conhecimento. E, finalmente, visa a ser científica, porque procura manter-se em contato com as novas ciências. 



[1] O fisicismo é a doutrina de que tudo o que existe no mundo espaço-temporal é uma coisa física, e que toda a propriedade de uma coisa física ou é uma propriedade física ou uma propriedade que está de algum modo intimamente relacionada com a sua natureza física. Formulada assim, a doutrina é uma afirmação ontológica, embora tenha importantes corolários epistemológicos e metodológicos.
[2] As Ciências Naturais são um ramo das ciências que estuda o universo, que é entendido como regulado por regras ou leis de origem natural, ou seja, os aspectos físicos e não humanos. Além do uso tradicional, a frase ciências naturais é as vezes usada mais especificamente se referindo ao seu uso no dia-a-dia, relacionado a história natural. Neste sentido, "ciências naturais" podem se referir a biologia e talvez às ciências da Terra, em oposição às ciências físicas como astronomia, física e química.
[3] Dedica-se ao estudo das teorias propostas na Filosofia, no intuito de alcançar o nexo que as conexiona, o grau de dependência, para a construção de uma teoria das teorias filosóficas. É também, na Filosofia, a parte que se dedica ao estudo, justificação e fundamentos do saber teórico, em oposição ao prático
[4] O Logos no grego significava inicialmente a palavra escrita ou falada - o Verbo. Mas a partir de filósofos gregos como Heráclito passou a ter um significado mais amplo. Logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um princípio cósmico da Ordem e da Beleza.
[5] Cogito, ergo sum significa "penso, logo existo"; ou ainda Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo"
[6] A Escolástica (ou Escolasticismo) é uma linha dentro da filosofia medieval, de acentos notadamente cristãos, surgida da necessidade de responder às exigências da , ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade.
[7] O nominalismo é a doutrina que não admite a existência do universal nem no mundo das coisas, nem no pensamento. Surgiu na sua forma mais radical no séculos XI por intermédio de Roscelino de Compiègne. Esse atribuía universalidade aos nomes, daí a origem do termo.
[8] Friedrich Heinrich Alexander, o barão de Humboldt (Berlim, 14 de setembro de 1769 — Berlim, 6 de maio de 1859), mais conhecido como Alexander von Humboldt, foi um geógrafo, naturalista e explorador alemão [1], e o irmão mais jovem do ministro e lingüista prussiano Wilhelm von Humboldt.
[9] A Obra é uma sátira à inversão de valores que detectava na sociedade de seu tempo. A moralidade estava no centro das preocupações do filósofo e deveria, de acordo com ele, ser a fonte e o objetivo final da educação.